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Os capítulos deste livro se dedicam ao estudo de obras produzidas ao longo dos séculos XVI e XVIII, a uma análise de razões que têm levado a um forte declínio da democracia no Brasil e em outros países, e à tradução de um pequeno conjunto de escritos produzidos durante as guerras civis inglesas e ainda pouco conhecidos em nosso meio. Com isso, Eunice Ostrensky busca oferecer uma reflexão teórica e histórica sobre o significado de rupturas, crises políticas, de ações possíveis em face das circunstâncias, das potencialidades, contornos e limitações do discurso. A autora também se preocupa em observar como teóricas e teóricos políticos, em suas vestes de atrizes e atores políticos, utilizam diferentes estratégias discursivas, argumentativas e afetivas para descrever, analisar, avaliar e influenciar as ações de seus contemporâneos. Suas obras ora pretendem produzir teorias para conferir alguma objetividade e sentido ao emaranhado de eventos percebidos, tanto do passado como do presente, bem como às distintas e por vezes antagônicas experiências da vida social e política; ora incorporam no discurso a instabilidade do mundo, porque talvez não seja possível nem desejável nivelar as diferentes camadas temporais e espaciais das quais este mundo se compõe.
Sobre a autora: Eunice Ostrensky é professora associada de teoria política moderna no Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo. Publicou, pela Editora Alameda, As revoluções do poder (2006).
